10 sugestões doces para a Páscoa

Com a Páscoa mesmo a chegar, começam já os preparativos para que no dia esteja tudo pronto na mesa para receber toda a família, amigos e quem mais queira bater à porta, E a pensar nisso, resolvi deixar hoje aqui um pouco do que costumamos colocar na nossa mesa, apenas um cheirinho para inspirar quem por aqui passa. 

Boa Páscoa para todos, de preferência muito gulosa!!!

Basta clicar no nome para aceder à receita:

- Pão de ló

- Natas do céu

- Pão doce de Vila do Conde

- Hot cross buns

- Tarte de bolacha gelada

- Bolo de bolacha

- Bolinhos de amêndoa

- Ninho da páscoa

- Pudim rápido de vinho do porto

- Simnel cake

Bolo de limão com casca (com o limão inteiro)

Existem muitas receitas de bolos, diria mesmo que no que toca a este universo, ele é mesmo infinito. Mas se existem muitas receitas já testadas, também existem algumas que nos ficam na cabeça e um dia lá ganham a coragem de passar para a realidade. Por isso, o bolo que vos trago hoje foi uma dessas receitas, uma receita que queria experimentar há muito tempo mas estava bastante receosa com o seu sabor.
Resultado final: não compreendo como demorei tanto tempo para testar um bolo de limão com casca, já que ficou delicioso e perfeito para amantes (como eu) deste citrino. Percam os receios (se os tiverem como eu tinha) e deêm uma chance a este bolo que vos vai surpreender pela positiva, tanto na fofura como no sabor.

 

Ingredientes:

- 1 limão médio inteiro 

- 4 ovos

- 2 chávenas de farinha

- 1 e 1/2 chávena de açúcar (pode usar 2 se for muito guloso)

- 1/3 chávena de óleo

- 2/3 chávena de leite

- 1 colher (chá) de fermento

Lavar o limão, cortar os topos e triturar no liquidificador. Acrescentar o leite, o óleo, as gemas e o açúcar. Triturar mais um pouco até obter uma mistura homogénea. Verter a mistura para uma taça grande, juntar a farinha com o fermento e mexer mais um pouco para incorporar bem. Por fim, adicionar as claras em castelo e envolver delicadamente. Levar a cozer numa forma untada e polvilhada, a 180º, até o teste do palito sair seco.

Depois de frio, polvilhe com açúcar em pó.
Fica óptimo com uma bola de gelado de baunilha ou chantilly a acompanhar. 

Bolo folar da Páscoa

Estamos a cerca de 10 dias da Páscoa e com isso começam a ser testadas algumas receitas cá em casa alusivas a esta época. Tal como no Natal, também gosto de conhecer um pouco mais as tradições de cada zona do nosso país e por isso irá começar aqui uma "exploração" dos nossos folares, talvez a maior tradição da Páscoa.
E para começar esta minha saga, hoje trago um folar oriundo da zona da Bairrada. Fica muito fofo, com um sabor muito agradável e que tanto de come simples como com manteiga ou uma generosa fatia de queijo da serra (a minha forma preferida).
Mas agora digam-me, qual o folar tradicional da vossa zona? Eu quero experimentar todos :)

Ingredientes:

- 150ml de água

- 500g de farinha (uso tipo 65)

- 100g de açúcar

- 12g de fermento de padeiro

- 2 ovos

- 30ml de aguardente

- 20g de manteiga

- raspa de 1/2 limão pequeno

- 1/2 colher (chá) de sal

Dissolva o fermento na água. Coloque na máquina de fazer pão os ingredientes líquidos e por fim os secos. Programe "amassar e levedar".

Caso não tenha mfp ou um robot de cozinha potente, coloque a farinha numa taça grande, faça uma cova e coloque os restantes ingredientes. Amasse muito bem até obter uma massa elástica. Tape com um pano e deixe descansar até que a massa duplique ou triplique de tamanho.  

Depois de levedado, retire a massa para a bancada, enfarinhada. Forme uma bola ligeiramente achatada e depois dobre-a a meio. Deixe levedar mais um pouco (cerca de 1 hora), pincele com leite e leve a assar em forno pré-aquecido a 180ºC até que o folar doure. Retire e deixe arrefecer antes de cortar.

Charlote de frutos vermelhos

Hoje é "dia do pai" em Portugal e como tal, não podia deixar passar a data sem preparar algo doce para o meu. Guloso como ele é (o mais guloso da casa garantidamente mas que não assume que o é), pensei em fazer algo que lhe enchesse as medidas mas que ao mesmo tempo fosse rápido de confeccionar e bonito de se olhar. Daí ter surgido esta charlote, bem simples mas bastante saborosa, pelo menos para quem a provou. 

E aí em casa, como está a ser festejado o dia do Pai? Existem gulosices?  

Ingredientes:

- 3 claras 

- 200ml de natas

- 1 embalagem de palitos "a la reine"

- 5 colheres (sopa) de açúcar 

- 4 folhas de gelatina

- 1 iogurte de aroma de framboesa

Para o molho de frutos vermelhos:

- 200g de morangos e framboesas (usei congelados)

- 2 a 3 colheres (sopa) de açúcar (se for guloso, aumente a quantidade)

- sumo de meio limão pequeno

Comece por fazer o molho. Leve ao lume os frutos cortados em pedaços, o açúcar e o sumo de limão. Deixe cozinhar até que os frutos se desfaçam e o molho engrosse como se fosse uma compota. Retire do lume e deixe arrefecer.

Entretanto, corte os palitos "a la reine" ao meio. Coloque um aro num prato (eu usei um em forma de coração) e espalhe os palitos por toda a lateral da forma. Reserve.

Coloque de molho as folhas de gelatina em água fria durante cerca de 5 minutos. Depois escorra-as muito bem e leve-as a derreter uns segundos no microondas mas sem deixar ferver (cerca de 10 a 15 segundos na potência máxima). 

Bata as claras em castelo firme e acrescente 3 colheres de açúcar, sempre a bater, até obter um merengue firme. Bata as natas com as restantes 2 colheres de açúcar até ficarem bem firmes. Sempre a bater, acrescente o iogurte e 2 colheres (sopa) do molho de frutos vermelhos já frio. Depois envolva com cuidado as claras com uma espátula e por fim a gelatina derretida. Verta para a forma já preparada e leve ao frigorífico até solidificar. Por fim, verta o molho por cima e decore a gosto. 

Bolo de laranja e frutas cristalizadas

Sexta-feira é, regra geral, dia de bolo ou doce aqui no blogue. Por isso, hoje trago-vos um bolo que encontrei numa revista de culinária romena. Mas agora vocês perguntam: "Onde foste desencantar tal revista?". Bem, tenho um irmão muito simpático que sempre que viaja me traz livros e revistas (vá lá, também me compra quando está cá). Estas em concreto comprou-as enquanto fazia horas no aeroporto e como têm imagens bem apetitosas, nos últimos tempos tenho andado a testar algumas receitas.
Este bolo chamou-me a atenção por ser muito parecido com o nosso bolo inglês em aspecto mas também pelo nome engraçado que tem - pão de bispo (painea episcopului). E como estamos agora numa época religiosa, com a Páscoa mesmo à porta, achei muito apropriado testar. Quanto ao bolo em si, fica com uma massa fofa, sobressaindo o aroma da laranja e a doçura das frutas cristalizadas. Como não sou grande fã de frutas cristalizadas, cortei-as bem pequenas e ficaram uma delícia no bolo. Por aqui ficou aprovado, espero que gostem também ...

Ingredientes:

- 200g de farinha (uso com fermento)

- 100g de margarina mole

- 100g de açúcar 

- 100g de frutas cristalizadas em cubos pequenos misturadas com passas

- 2 ovos

- 80ml de leite

- sumo e raspa de 1 laranja (a minha era grande)

- 1 colher (sopa) de rum

- 1/2 colher (chá) de bicarbonato de sódio

- 1/2 colher (chá) de fermento em pó 

- açúcar em pó para decorar

Comece por colocar as frutas cristalizadas numa tigela e misture-as com o rum. Deixe macerar um pouco.
Entretanto, pré-aqueça o forno a 180ºC. Unte uma forma de bolo inglês com manteiga e polvilhe com farinha. Misture a farinha com o fermento e o bicarbonato de sódio.
Bata o açúcar com a margarina até obter um creme esbranquiçado. Vá juntando os ovos, um a um, sempre a bater. Acrescente o sumo e raspa de laranja, o leite e a farinha peneirada. Envolva bem e por fim acrescente a fruta macerada com o rum. Verta a mistura para a forma e leve a assar durante cerca de 40 minutos (convém verificar com um palito).
Quando estiver cozido, desenforme e deixe arrefecer. Depois de frio, decore com açúcar em pó e delicie-se acompanhando com uma bebida quente.

esta fatia fica para vocês ... 

5 sugestões para a sobremesa

Enquanto escrevo este post tenho a tempestade Gisele a passar por aqui, trovões e mais trovões sentidos, a luz teve a sua falha e eu descontraída a ouvir os "meus" Red Hot Chili Peppers. Temos de nos manter entretidos, não acham?

E se ontem vos deixei aqui sugestões para o almoço de fim de semana, hoje continuo no tema e deixo as sobremesas. Não sei como é com vocês mas cá em casa no fim de semana tem obrigatoriamente de existir sobremesa (nada de gelatina, iogurte ou fruta). Por isso, sejamos 10 ou 2 à mesa, doce tem de haver. Pensando nisso e por saber que não é só cá em casa que existe esta política gulosa, hoje decidi deixar então 5 sugestões para finalizarem o almoço, espero que gostem ...

Pudim de laranja rápido

Pannacotta de chocolate com molho de frutos silvestres

Tarte gelada de vinho do Porto com caramelo e nozes

Donauwelle torte

Gelado de aguardente com rissóis de chocolate e caramelo

5 sugestões para o almoço ou jantar

Quando chego a meio da semana começo logo a pensar no que se irá comer durante o fim-de-semana. Geralmente gosto de experimentar receitas novas, fazer aquelas que dão mais trabalho, as mais calóricas, enfim ... receitas diferentes das que consumimos de segunda a sexta. E esta vontade é tanto para os doces como para os salgados, acabando sempre com uma pequena lista em mãos.

Por isso, pensando que não devo ser a única pessoa com este gosto aprimorado ao fim-de-semana, resolvi criar um pequeno post para inspirar alguém (espero eu). Quem sabe se não experimentam uma já este domingo. 

Bom apetite!!! 

- Risotto de chouriço e cogumelos

- Bifinhos de porco com molho de mostarda e vinho do Porto

- Pescada estufada com batata-doce frita

- Caldeirada de polvo

- Alho-francês à brás

Leite-creme ... queimado ou com canela

Leite-creme queimado é talvez uma das sobremesas que mais aprecio e nunca falta na nossa mesa da consoada, mas é fora da época natalícia que melhor me sabe. A sugestão que trago hoje foi o resultado de um desejo súbito de o comer e embora seja um clássico que todos sabem fazer, deixo aqui mais uma versão, bem simples mas bastante saborosa.   

Ingredientes:

- 1 litro de leite (prefiro o meio-gordo)

- 2 colheres (sopa) bem cheias de amido de milho

- 5 colheres (sopa) de açúcar (não gosto do creme muito doce)

- 1 pau de canela

- 2 cascas de limão 

- 4 gemas

- canela em pó ou açúcar para queimar

Misture as gemas com o amido de milho e um pouco de leite.

À parte, leve ao lume um tacho com o restante leite, o açúcar, as cascas de limão e o pau de canela. Deixe cozinhar até levantar fervura. Nessa altura, retire do lume e verta em fio o preparado de gemas (usando um coador), mexendo sempre para que as gemas não cozam. Leve novamente ao lume e mexa sempre até engrossar. Retire as cascas de limão e o pau de canela, verta para tacinhas individuais ou uma travessa grande e deixe arrefecer.

Na hora de servir, polvilhe com açúcar e queime com um maçarico ou ferro próprio para o efeito. Se não gostar de queimar, polvilhe com canela ou verta um pouco de caramelo líquido por cima.

Filetes de pescada com batatas fritas - na Airfryer

Fritos, como eu gosto de fritos. Mas não é um frito qualquer, tem de ser bem sequinho e nada de sentir o sabor a óleo. Por isso, quando trouxe cá para casa uma Airfryer (fritadeira de ar quente), comecei a comer de forma mais saudável neste campo e sem tanto peso na consiência. Em termos de sabor não altera quase nada (à excepção de alguns fritos como rissóis, croquetes, pastéis de massa tenra, ... que continuam a ser melhores quando feitos de forma tradicional). Quanto às batatas, ficam uma delícia, bem sequinhas e com a possibilidade de conseguirmos aromatizar com o que nos apetece. Espero que gostem desta minha sugestão que embora pareça muito calórica, levou apenas 1 colher (sopa) de azeite para 3 pessoas.

Ingredientes:

- filetes de pescada

- sal e pimenta

- sumo de limão

- alho picado

- ovo batido

- farinha

Para as batatas:

- batatas 

- sal

- paprika fumada

- azeite

Comece por temperar o peixe com sal, pimenta, alho picado e sumo de limão. Deixe repousar pelo menos 30 minutos. Após esse tempo, passe os filetes por farinha, ovo e novamente farinha. 

Cubra o cesto da cuba com papel de alumínio e pincele-a com óleo. Coloque os filetes e cozinhe durante 10 minutos de cada lado, a 200ºC. Caso seja necessário, deixe mais uns minutos. 

Retire da cuba e reserve, mantendo-os quentes.

Enquanto o peixe cozinha, descasque as batatas e corte-as em cubos pequenos. Coloque-as numa taça com água e tempere com um punhado de sal. Deixe repousar uns minutos (3 a 5 minutos). Escorra as batatas, seque-as num pano e coloque-as numa taça. Tempere com paprika fumada e 1/2 a 1 colher (sopa) de azeite. Envolva bem e frite as batatas na Airfryer durante 25 minutos, a 180ºC. 

Depois de prontas, sirva as batatas com o peixe e uma salada mista, se gostar.

Croissants folhados

Se existe algo que adoro numa pastelaria são os croissants. Sejam de brioche ou folhados, se me servirem simples mas quentinhos eu devoro dois ou três seguidos. Talvez por isso evite fazer muitas vezes mas quando os faço, vão sempre parar alguns para a reserva no congelador (nunca se sabe quando vai ser necessário).

A receita que vos deixo não é nova aqui no blogue mas vale sempre a pena relembrar. Experimentem, ficam fofinhos e ligeiramente folhados, uma delícia mesmo.

Ingredientes:
- 450g farinha de trigo 65
- 260ml leite
- 10g de margarina mole
- 1 colher (chá) de sumo de limão
- 1 colher (chá) de sal
- 15g de fermento de padeiro fresco
- 40g de açúcar

Para folhar:
- 150g de margarina
- 1 ovo batido ou leite para pincelar

Colocar todos os ingredientes na MFP, programa amassar (ou amassar à mão até obter uma massa elástica). Deixar repousar a massa numa tigela tapada durante 30 minutos. 

Estender a massa com o rolo até obter um rectângulo grande, espalhar a margarina no centro em fatias finas e dobrar a massa em 3 (primeiro uma parte sobre a gordura e depois a outra parte sobre esta). Levar ao frio durante 10 minutos. Dar 1/4 de volta à massa de forma a que o rectângulo fique na vertical, esticar de novo, dobrar em 3 e levar ao frio mais 10 minutos. Repetir a operação mais 3 vezes. (caso esteja tempo frio, pode fazer as dobras seguidas, sem mandar ao frio estas vezes todas, basta mandar antes de esticar a última vez) 

No final, esticar a massa até obter um rectângulo grande, cortar ao meio de forma a obter duas tiras e depois cortar em triângulos. Enrolar cada triângulo da parte mais larga para a mais estreita, sem apertar, tendo o cuidado de colocar a ponta final por baixo do croissant. Deixar levedar 1 hora ou até aumentar de volume. 

Pincelar com ovo batido ou leite e levar ao forno, pré-aquecido a 200ºC, durante cerca de 20 a 25 minutos (o tempo varia de forno para forno, por isso convém verificar para não ficarem demasiado secos).

Nota:

- Depois de levedados, podem ser congelados num tabuleiro e posteriormente guardados em sacos plásticos. Quando quiser utilizar, basta deixar a descongelar no frigorífico durante a noite, deixar levedar 30 minutos (eu costumo colocar no forno pré aquecido a 50º e depois desligo), pincelar com ovo e cozer. Também pode congelar já assados.

Jardineira de carne de porco

Hoje trago para a mesa uma daquelas receitas que toda a gente sabe fazer, que uns gostam e outros nem tanto. Uma receita que faz parte do quotidiano português e que faz lembrar as receitas de infância. Digo isto porque este era um dos pratos que a minha mãe fazia constantemente cá em casa. Variava nas carnes (a minha preferida é com frango), alterava um ou outro legume, mas era prato que todos gostávamos. Depois deixou-se de comer e confesso que já não lhe sentia o cheiro há mais de 5 anos, pelo menos. 

No entanto, um dia destes acordei desejosa de comer uma jardineira da infância, e quando digo desejosa quero dizer mesmo desejosa. Por essa razão, não tive outra opção senão preparar uma e assim surgiu este prato num dos últimos almoços cá de casa. Este tipo de refeições são óptimas para estes dias chuvosos, espero que gostem...

Ingredientes:
- batatas em cubos
- cenouras em meias luas finas
- ervilhas
- chouriço em meias luas finas
- carne em tiras (usei porco)
- polpa de tomate
- vinho branco
- cebola picada
- alho picado
- sal, pimenta e colorau qb
- um fio de azeite

Comece por refogar a cebola e o alho num fio de azeite até que a cebola fique macia. Junte a cenoura, a carne e o chouriço. Deixe refogar até que o chouriço comece a libertar a gordura. Nessa altura, acrescente um pouco de polpa de tomate, o vinho branco e as batatas, deixando refogar mais 2 a 3 minutos. Tempere com sal, pimenta e colorau, acrescente as ervilhas e cubra com água. Deixe cozinhar, mexendo de vez em quando. Sirva quente.

Bolo de cenoura, laranja e chocolate

Como estamos em véspera de fim-de-semana sabe sempre bem umas sugestões doces, não acham? E se ontem vos deixei aqui um apfelstrudel que me soube tão bem, hoje deixo-vos um daqueles bolos perfeitos para o lanche, simples mas cheios de sabor. Podem fazer e comer todo de uma vez, guardar algumas fatias no congelador para os ataques da gula (ou as visitas inesperadas), ou então para mandarem nos lanches dos miúdos ou na marmita dos graúdos. Seja qual for a vossa escolha, aconselho a experimentarem este bolo porque fica muito bom mesmo, entre o fofo e o húmido ...

Ingredientes:

- 300g de cenoura  

- 1 e 1/2 chávena de açúcar

- 2 chávenas de farinha com fermento

- sumo de uma laranja

- raspa de 1/2 laranja
- 4 ovos

- 1/4 de chávena de óleo

- 3/4 de chávena de leite

- 100g de chocolate de culinária

- 2 a 3 colheres (sopa) de leite

- coco ralado qb
(usei uma chávena com a capacidade de 250ml)

Comece por pré-aquecer o forno a 180ºC. Unte uma forma com manteiga e polvilhe com farinha. Separe as gemas das claras. Bata as claras em castelo firme.
Corte a cenoura em cubos e triture num liquidificador. Acrescente as gemas, o leite, a laranja, o óleo e o açúcar. Triture mais um pouco até obter uma mistura homogénea. Passe a mistura para uma taça e envolva a farinha muito bem. Por fim, acrescente as claras em castelo, envolvendo com cuidado. Verta para a forma e leve a assar cerca de 40 minutos (faça o teste do palito para saber se está cozido).
Desenforme e coloque num prato de servir.
Para a cobertura, coloque o chocolate partido em pedaços numa taça e acrescente o leite. Leve ao microondas ou ao lume em banho-maria até o chocolate derreter. Mexa bem até obter um creme brilhante e verta sobre o bolo. Finalize com coco ralado.

Apfelstrudel ... um folhado de maçã austríaco

E hoje já é dia um de março, mês em que se inicia a primavera mas que por aqui está frio, chuva e nada agradável. Se não fossem as flores a povoar as ameixoeiras e as plantas a querer rebentar, nunca diria que estamos a entrar numa estação mais quente. Mas se está frio lá fora, aqui em casa está quente e com um cheirinho bem agradável não fosse hoje o dia de mais um desafio culinário, o "Dia Um ... Na Cozinha" cujo tema deste mês é nada mais, nada menos que um strudel doce.

Posso dizer que quando soube do tema vibrei de alegria já que nessa mesma altura tinha o meu irmão por Viena a dizer maravilhas do Apfelstrudel ( e ele comeu vários para ter a certeza que eram bons ... desculpas de guloso). Comeu frio e quente, com creme de baunilha e com natas mas foi a versão com natas que lhe suscitou mais elogios e a versão que então resolvi testar primeiramente. Não sei se foi pela lembrança do strudel que se vê no filme Inglourious Basterds do realizador Quentin Tarantino, mas era esta a versão que associávamos a esta delícia.

Para quem não sabe, o apfelstrudel é uma sobremesa tradicional austríaca, nascida em Viena e popularizada internacionalmente. A receita mais antiga conhecida é de 1696, escrita à mão e guardada até hoje como uma relíquia. A sua popularidade cresceu apartir do século 18 através do Império Habsburg e hoje em dia é a massa folhada mais conhecida da Europa Central, que consta ter sido influenciada pelas cozinhas do Império Bizantino, da Arménia e da Turquia.

Mas passando à receita, a sugestão que trago hoje foi-me cedida por uma austríaca que surripiou a receita à avó e me permitiu testar um dia destes. A receita é portanto uma daquelas receitas antigas, passada de geração em geração e o resultado agradou-me bastante, gostando no entanto mais da versão fria com natas batidas sem açúcar. 

Espero que também gostem desta visita a Viena e se deliciem com um apfelstrudel que embora possa parecer algo um pouco difícil de preparar, na realidade é bem simples já que a massa é fácil de fazer e trabalhar. Levem uma fatia e digam lá se não é uma sobremesa gulosa ...  

 

Ingredientes:

- 400g de farinha

- 150ml de água quente

- 100ml de óleo de girassol

- 1 pitada de sal

- 60g de açúcar

- 8 maçãs (as minhas pesavam cerca de 1,500kg)

- uma pitada de canela em pó 

- sultanas hidratadas num pouco de rum (opcional)

- 60g de pão ralado + 1 colher (sopa) cheia de manteiga

Comece por colocar a farinha numa tigela. Junte a água, o óleo e o sal. Bata com a batedeira até obter uma massa elástica. Forme uma bola e deixe descansar durante 30 minutos no mínimo, tapando a taça com um pano. Caso tenha robot de cozinha, coloque os ingredientes no copo e programe 25 segundos na velocidade 4. Forme depois uma bola e deixe descansar 30 minutos no mínimo.

Enquanto espera pela massa, descasque as maçãs e corte em fatias finas. Envolva-as no açúcar e na canela. Reserve.

Leve ao lume a manteiga e depois de derretida junte o pão ralado e envolva até obter uma farofa dourada. Reserve.

Montagem:

Depois da massa descansada, polvilhe um pano com farinha (eu usei a bancada da cozinha polvilhada com a farinha). Estique a massa com o rolo até que esta fique bem fina e se consiga ver através dela. Coloque o preparado de pão ralado sobre a massa, depois por cima coloque o recheio da maçã e as sultanas escorridas se gostar, dobre as laterais da massa para evitar que a maçã saia e depois comece a enrolar até terminar a massa. Transfira o strudel para um tabuleiro de forno forrado com papel vegetal, pincele com manteiga derretida e leve a assar em forno pré-aquecido a 180ºC durante 40 minutos ou até que a massa esteja crocante ao toque. Retire do forno e deixe arrefecer um pouco antes de cortar em fatias.

Sirva cada fatia polvilhada generosamente com açúcar em pó e acompanhada com natas batidas (pode adicionar açúcar na natas se for guloso).

Notas finais:

- eu dividi a massa em duas partes e assim fiz dois strudel;

- juntei as passas apenas a uma das partes e pessoalmente gostei mais da versão sem as passas; 

- a receita original levava mais pão ralado mas achamos que era demasiado (como podem ver em algumas fotos) e por isso reduzimos para a quantidade descrita nos ingredientes.