sábado, 22 de dezembro de 2018

Ementa de Natal ... os doces


Tal como prometido, se ontem deixei-vos algumas sugestões para as entradas e prato principal, hoje deixo-vos a parte mais gulosa, aquela que quase todos mais gostam (e a que nos deixa com a consciência mais pesada também). Sejam os típicos doces de Natal ou aqueles doces que acabámos por trazer para a mesa, tudo é aceitável e "devorado" nesta quadra. Por isso, espero que gostem desta minha seleção e quem sabe, se inspirem para as ementas aí de casa ...

DOCES



sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Ementa de Natal ... as entradas e prato principal


A caminhar a passos largos para a ceia de Natal, já se começa a pensar em todos os pormenores. Faz-se a lista de compras, organizam-se os últimos retoques, preparam-se as decorações ... enfim, entramos em modo "barata tonta".
E a pensar em todas as pessoas que, tal como eu, andam já em contagem decrescente, vou deixar-vos hoje e amanhã algumas sugestões para servirem de inspiração para a vossa mesa de Natal. 
Hoje vamos começar pelos salgados, espero que gostem ...

ENTRADAS

PRATO PRINCIPAL


terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Caracóis folhados de canela e chocolate branco


Depois de algum tempo sem passar pelo blogue, hoje trago comigo mais uma resposta a um desafio de blogues, o Sweet World, que vocês já tão bem conhecem. E desta vez, A Lia e a Susana (as mentoras deste guloso desafio) resolveram tentar-nos com uns deliciosos caracóis de canela. Por isso, aqui fica a minha sugestão para vocês, uns caracóis ligeiramente folhados, com um delicioso sabor a canela, perfeitos para acompanhar uma bela chávena de café ou, quem sabe, fazer parte da vossa mesa de natal ou como presente para o pai-natal, junte de um copo de leite morno.  



Ingredientes para a massa:
- 450g farinha de trigo 65
- 260ml leite
- 10g de margarina mole
- 1 colher (chá) de sumo de limão
- 1 colher (chá) de sal
- 15g de fermento de padeiro fresco
- 40g de açúcar

Para folhar:
- 150g de margarina
- 1 ovo batido ou leite para pincelar

Para rechear e cobrir:
- 50g de chocolate branco
- 1 colheres (sopa) de leite
- canela em pó qb
- manteiga mole qb
- açúcar amarelo qb
- sementes de papoila (opcional)

Comece por colocar todos os ingredientes na MFP, programa amassar. Deixar repousar a massa numa tigela tapada durante 30 minutos. (caso não tenha uma máquina de fazer pão, pode amassar num robot de cozinha ou mesmo à mão, até obter uma massa elástica).

Passados os 30 minutos, comece a estender a massa com o rolo até obter um rectângulo grande, espalhe a margarina no centro em fatias finas e dobre a massa em 3 (primeiro uma parte sobre a gordura e depois a outra parte sobre esta). Leve ao frio durante 10 minutos. Dê 1/4 de volta à massa de forma a que o rectângulo fique na vertical, estique de novo, dobre em 3 e levar ao frio mais 10 minutos. Repetir a operação mais 3 vezes. (caso esteja tempo frio, pode fazer as dobras seguidas, sem mandar ao frio estas vezes todas, basta mandar antes de esticar a última vez) 


No final, estique a massa até obter um rectângulo grande, barre toda a massa com manteiga, polvilhe generosamente com o açúcar e a canela e enrole. Depois corte em fatias e disponha os caracóis num tabuleiro de forno forrado com papel vegetal. Deixar levedar 1 hora ou até aumentar de volume. 
Pincele com ovo batido ou leite e leve ao forno, pré-aquecido a 200ºC, durante cerca de 15 a 20 minutos (o tempo varia de forno para forno, por isso convém verificar para não ficarem demasiado secos).
Retire do forno e deixe-os arrefecer sobre uma grelha. Para a cobertura, derreta o chocolate com o leite no microondas e depois verta sobre os caracóis em fio. Polvilhe com algumas sementes de papoila e delicie-se.


sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Tarte de arroz doce


Já num caminho em linha reta para o Natal, hoje trago-vos mais uma sugestão para as vossas  mesas, desta vez um pouco diferente mas com o sabor típico da época.
A verdade é que em Portugal não deve existir ninguém que desconheça o tão típico arroz doce. De norte a sul do país, variando um ou outro ingrediente, é algo que todos já comemos nem que seja uma vez. Por isso, acaba por ser uma das sobremesas escolhidas para dias de festa e marca sempre presença na mesa da consoada.
Mas enganem-se se acham que esta sobremesa é famosa apenas por cá, muito pelo contrário. Pelo que tenho percebido, arroz doce faz-se um pouco por todo um mundo, variando um pouco na confecção, acabámos por encontrar diversas receitas interessantes. E a pensar em tudo que a gastronomia mundial nos pode oferecer, trago-vos hoje uma receita típica francesa (que desconhecia por completo) onde o arroz doce é rei. Uma tarte bem diferente mas muito saborosa que servida fresca com uma bola de gelado de baunilha faz as delícias de todos (até daqueles que dizem não gostar de arroz doce). Não acreditam? Experimentem e digam lá se não tenho razão.




receita adaptada do livro "Le Cordon Bleu, home collection - Regional French"
Ingredientes da massa: 
- 250g de farinha sem fermento
- 75g de manteiga em cubos 
- 1 ovo 
- 10g de fermento de padeiro fresco
- 4 colheres (sopa) de leite
- 1/2 colher (sopa) de óleo

Ingredientes do recheio:
- 500ml de leite
- 3 ovos
- 80g de açúcar
- 70g de arroz carolino ou arbóreo
- 1 pau de canela
- açúcar em pó para finalizar

Comece pela massa. Dissolva o fermento no leite. Numa taça junte a farinha e a manteiga, amassando com os dedos até obter uma farofa. Acrescente o ovo, o leite com o fermento e o óleo. Amasse rapidamente até obter uma bola de massa, coloque-a numa taça coberta com um pano e guarde num local aquecido até que a massa duplique (cerca de 1:30h).
Para o recheio, aqueça o leite com 70g de açúcar e o pau de canela. Quando levantar fervura, junte o arroz e deixe cozinhar cerca de 15 minutos, mexendo de vez em quando para não pegar. Passado esse tempo, retire do lume e acrescente as gemas, mexendo para incorporar bem (para que as gemas não cozam, retire um pouco da mistura do arroz e envolva nas gemas para as temperar, depois acrescente este preparado no restante arroz). Deixe arrefecer um pouco.

Entretanto, pré-aqueça o forno a 180ºC e unte uma tarteira de fundo amovível grande com manteiga. Estique a massa num círculo com cerca de 2 a 3 mm de espessura e forre a tarteira com ela, calcando bem para evitar bolhas de ar. 
Bata as claras em castelo com o restante açúcar até ficarem firmes. Envolva no arroz com cuidado e verta sobre a massa. Leve a assar durante cerca de 45 minutos ou até que o recheio fique firme.
Sirva quente ou fria, polvilhada com açúcar em pó e se gostar, com uma bola de gelado de baunilha. 


quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Pudim de pão


Em época de doces, os pudins são um dos doces que mais associo ao Natal. Presente na mesa da consoada durante anos, era o francês que nos maravilhava ano após ano. Depois vieram outros doces, outros cuidados com a alimentação e o pudim deixou de fazer parte da tradição natalícia cá de casa.
Mas mesmo não sendo o nosso doce de natal nos dias de hoje, adoro comer umas generosas fatias nesta altura e desta vez resolvi trazer para a mesa um pudim que me trazia algum receio (isto porque da única vez que o fiz, ele ficou bem denso e massudo). Pesquisa atrás de pesquisa, resolvi misturar algumas receitas e assim surgiu este pudim de pão, com um toque subtil de vinho do porto e uma textura aveludada como eu adoro. Fiquei fã e espero que vocês também fiquem ...



Ingredientes:
- 4 ovos
- 500ml de leite
- 30ml de Vinho do Porto
- 2 carcaças (cerca de 90g)
- 6 colheres (sopa) de açúcar (é ao gosto de cada um)
- sultanas qb (opcional)
- caramelo líquido qb (usei caseiro)

Comece por cortar o pão em pedaços pequenos e mergulhe-os no leite. À parte, coloque de molho as sultanas no Vinho do Porto (eu parti-as em pedaços mais pequenos).
Entretanto, verta o caramelo para uma forma de pudim e espalhe bem no fundo e nas laterais. Pode usar caramelo de compra mas aconselho fazer o seu. Para isso, leve ao lume um tacho alto com uma chávena de açúcar. Quando começar a derreter, mexa de vez em quando com uma colher de pau até que este adquira uma cor dourada. Nessa altura, retire do lume e verta com cuidado meia chávena de água (eu misturo também um pouco de vinho do porto). Mexa e leve novamente ao lume para engrossar um pouco, mexendo sempre. Verta imediatamente na forma, espalhe as sultanas no fundo da forma e reserve.

Para o pudim, coloque num liquidificador ou robot de cozinha os ovos inteiros, a mistura de pão e leite, o vinho do porto e o açúcar. Bata bem até que esteja tudo bem incorporado e o pão desfeito. Verta com cuidado na forma, tape-a e coloque-a na panela de pressão. Encha a panela com água até atingir metade da altura da forma e feche a panela. Quando a panela começar a apitar, conte 20 minutos, depois desligue, retire a pressão e coloque a forma na temperatura ambiente. Deixe arrefecer antes de desenformar e depois conserve o pudim no frio até à hora de servir. (eu desenformei o meu pudim ainda morno e ficou óptimo, talvez por ser mais denso devido ao pão).
Caso não tenha panela de pressão, coloque a forma tapada (pode ser com papel de alumínio) no forno em banho-maria e coza durante cerca de 1 hora em forno médio. Convém verificar com o teste do palito e caso ainda não esteja cozido, deixe mais uns minutos.


quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Tarte de maçã da Normandia


Em época de maçãs, as tartes são uma das iguarias que têm feito parte das ementas cá de casa. E como não se podem fazer sempre as mesmas receitas (poder podemos mas não vale a pena, não é?), desta vez resolvi testar uma tarte lá das terras francesas. Simples mas muito saborosa, fiquei rendida à sua humidade e sabor, especialmente se servida fresca.



receita adaptada do livro "Le Cordon Bleu, home collection - Regional French"
Ingredientes da massa: 
- 250g de farinha sem fermento
- 120g de manteiga em cubos 
- 1 ovo batido com 1 colher (sopa) de água
- 30g de açúcar
- 1 colher (chá) mal cheia de aroma de baunilha
- 1 pitada de sal (não use se a manteiga já tiver sal)

Ingredientes do recheio:
- 3 maçãs (usei grandes)
- sumo de 1 limão
- 2 ovos + 1 gema
- 50g de açúcar
- 1 colher (chá) de canela em pó
- 200ml de natas (usei light)
- açúcar em pó para finalizar

Comece pela massa. Numa taça junte a farinha e a manteiga, amassando com os dedos até obter uma farofa. Acrescente o ovo, o açúcar, a baunilha e uma pitada de sal. Amasse rapidamente até obter uma bola de massa, embrulhe em película aderente e guarde no frigorífico durante 30 minutos.
Entretanto, pré-aqueça o forno a 180ºC e unte uma tarteira de fundo amovível com manteiga, reserve no frio.
Para o recheio, descasque as maçãs e retire o caroço. Corte cada maçã em fatias grossas e regue-as com o sumo de limão, reserve no frio. Bata os ovos e a gema com o açúcar apenas até incorporar bem, acrescente a canela e a natas e volte a misturar.
Passados os 30 minutos, estique a massa num círculo com cerca de 2 a 3 mm de espessura e forre a tarteira com ela, calcando bem para evitar bolhas de ar. Espalhe as maçãs em círculo, forrando bem o fundo da massa e cubra com a mistura de ovos e natas. Leve a assar durante 45 a 60 minutos ou até que o recheio fique firme.
Sirva de preferência morna, polvilhada com açúcar em pó e se gostar, uma bola de gelado de nata ou baunilha.  


sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Bolo integral de frutos secos e especiarias


Um dia destes andava a fazer uma limpeza na despensa e lá descobri uns restos de frutos secos. Não apetecendo comer assim simples, acabei por mandá-los para um bolo (até porque já era fim-de-semana e fazia falta um docinho). E assim nasceu este bolo cheio de sabor, muito fofo e com um toque mais saudável mas delicioso na mesma. Perfeito para o lanche, espero que gostem desta minha sugestão e quem sabe, a experimentem já amanhã ...


 

Ingredientes:
- 200g de farinha de trigo integral
- 100g de farinha de trigo
- 100g de açúcar amarelo
- 50g de tâmaras sem caroço picadas ligeiramente
- 50g de sultanas
- 50g de miolo de nozes ligeiramente picadas
- 4 dl de leite magro
- 3 ovos médios
- 2 colheres (sopa) de aguardente
- 2 colheres (sopa) de sementes de sésamo (usei pretas)
- 2 colheres (chá) de fermento em pó
- 1/2 colher (chá) de erva-doce em pó
- 1/2 colher (chá) de canela em pó

Pré-aqueça o forno a 180ºC. Unte uma forma com manteiga e unte com farinha.
Coloque numa taça as tâmaras, as nozes e as sultanas juntamente com a aguardente e deixe macerar um pouco.
Numa tigela misture as farinhas com o açúcar, o fermento e as especiarias. Junte depois o leite e as gemas, batendo bem. À parte, bata as claras em castelo e envolva com cuidado no preparado. Por fim, adicione as frutas maceradas e as sementes de sésamo. Misture e verta para a forma. Coza durante cerca de 45 minutos ou até que o teste do palito saia seco. Retire do forno e desenforme. 


terça-feira, 20 de novembro de 2018

Pecan pie ... uma tarte de nozes americana


Desafios é comigo e mesmo com falta de tempo, sempre que posso gosto de participar em alguns. O Sweet World é um desses desafios, um que acompanho desde a primeira edição e que raramente me coloco de parte. E como o desafio desta edição era fazer uma tarte de nozes americana, vi logo aqui o pretexto que precisava para colocar a mão na massa. Mas agora perguntam vocês, que tarte é esta?
Segundo consta, foi com a chegada dos franceses a Nova Orleães que surgiu esta tarte, a Southern Pecan Pie. A primeira referência escrita surge na revista Harper's Bazaar em 1886 mas existe quem conteste isso, dizendo que as tartes de noz há muito que se faziam no Alabama. Mas foi uma marca de xarope de milho, a Karo, que tornou esta tarte familiar famosa a nível mundial, enraizando-a ainda mais no seio das famílias americanas, ficando até aos dias de hoje famosa, a par da apple pie e da pumpkin pie (sugestões que também terei de experimentar qualquer dia). 
Quanto à receita em si, depois de muito pesquisar, reparei que todas eram altamente adoçadas e como cá em casa não gostamos de abusos, resolvi reduzir nas quantidades e posso dizer que assim ficou aprovada por todos. Também reparei que em quase todas existia um ingrediente comum, o xarope de milho. Não o tendo em casa, procurei encontrar um substituto e assim fiz com a glucose (que tinha cá em casa de umas experiências anteriores). Quanto à tarte em si, é doce no ponto certo, sem exageros,  perfeita para servir num lanche em família ou com os amigos.




Ingredientes para a massa:
- 190g de farinha de trigo
- 100g de manteiga ou margarina fria
- 3 a 4 colheres (sopa) de água fria
- 2 colheres (sopa) de vinagre
- 1 colher (café) de canela em pó (opcional, fica bom das duas maneiras)

Ingredientes do recheio:
- 3 ovos
- 1 colher (café) de canela em pó
- 200g de nozes pecan 
- 40g de manteiga derretida 
- 80g de açúcar
- 100ml de glucose de milho (ou geleia/xarope de milho)

Pré-aqueça o forno a 180ºC. Forre uma tarteira com papel vegetal e reserve.
Comece por preparar a massa. Misture a farinha com a manteiga e a canela até obter uma farofa (uso o robot de cozinha para ser rápido). Acrescente a água e o vinagre e amasse bem até obter uma bola. Estique a massa numa bancada com farinha e forre a forma. Pique o fundo e guarde no frigorífico. Se sobrar massa, pode fazer alguns elementos para decorar a tarte.

Para o recheio, pique as nozes grosseiramente (reserve algumas para decorar). Misture numa taça os ovos com a canela, a manteiga, o açúcar e a glucose (não bata, apenas misture para que tudo fique bem incorporado). Vai ficar líquido.
Tire a tarteira do frigorífico, espalhe as nozes picadas pela base e verta com cuidado a mistura anterior por cima. Decore com as nozes reservadas e com a massa que sobrou, se quiser. Leve ao forno durante cerca de 50 minutos. A tarte está no ponto quando a superfície dourar, estiver firme ao toque e o centro não tremer ao toque. 
Depois de cozida, retire do forno e deixe arrefecer um pouco. Depois retire com cuidado da forma e descarte o papel vegetal. Deixe arrefecer antes de cortar para que o creme fique bem firme e não escorra.


sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Sachertorte ... um bolo de chocolate austríaco


Como o fim-de-semana está a chegar, nada melhor que um doce para festejar, não acham? A receita que vos trago hoje é uma das receitas mais antigas na minha lista a testar. Sempre achei este bolo lindo mas outros foram aparecendo e este foi ficando para trás. Mas desta vez conseguiu chegar à meta e assim merecer um destaque aqui no blogue. 
Para quem não sabe, o sachertorte é um bolo de chocolate austríaco, criado por Franz Sacher em 1832 para o principe Metternich e desde então tornou-se um ícone na doçaria da capital austríaca, Viena. Embora vários reclamem a sua autoria, é o Hotel Sacher (propriedade do filho de Franz Sacher) que conseguiu o título e até hoje guarda a sete chaves o segredo do seu bolo.   
Mas, perguntam vocês, que bolo é este? É um bolo de chocolate pouco doce, recheado por uma fina camada de compota de alperce e depois coberto com um denso molho de chocolate. Costuma ser servido com chantilly para que o bolo não se torne tão seco (na opinião generalizada dos vienenses). 
Cá em casa, como não contrariamos os especialistas, também o servimos assim e realmente a conjugação fica perfeita. 
Espero que tenham desfrutado de mais esta viagem comigo pelos sabores doces do mundo ... agora toca a correr para a cozinha e experimentar este bolo que nada tem de enjoativo, espero que gostem.

  
  

Ingredientes:
- 170g de chocolate negro (com 70% de cacau, de preferência)
- 6 ovos
- 100g de manteiga
- 60g de açúcar em pó
- 1 colher (chá) de aroma de baunilha
- 125g de farinha com fermento

Para o recheio e cobertura:
- 150g de compota de alperce
- 100g de chocolate negro
- 2 a 3 colheres (sopa) de leite


Pré-aqueça o forno a 180ºC. Unte uma forma redonda (20cm de diâmetro) com manteiga e polvilhe com farinha.
Derreta o chocolate em banho-maria. Separe as gemas das claras e bata as claras em castelo. À parte, bata a manteiga com o açúcar até obter um creme fofo. Junte as gemas, a baunilha e o chocolate derretido, batendo mais um pouco. Por fim envolva a farinha, intercalando com as claras batidas, em movimentos suaves. Verta o preparado para a forma e leve a cozer durante cerca de 40 minutos (convém fazer o teste do palito). Quando estiver pronto, desenforme sobre uma grelha e deixe arrefecer.
Depois de frio, corte o bolo ao meio e recheie com cerca de metade da compota ligeiramente aquecida para facilitar na hora de barrar. Cubra com a outra parte do bolo e cubra depois a superfície e as laterais com a restante compota, alisando bem.
Derreta o chocolate da cobertura com o leite e mexa vigorosamente até obter um creme brilhante e homogéneo. Cubra o bolo com esta cobertura e guarde no frigorífico até há hora de servir.
Acompanhe cada fatia com uma roseta de chantilly.

  

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Polvo assado no forno


Antes de mais gostaria de pedir desculpa a todos que me seguem pela minha presença menos assídua tanto aqui no blogue como na blogosfera. A preparação de um novo projecto de trabalho tem-me absorvido a maior parte do tempo e por isso a minha passagem por estas bandas tem sido muito corrida, sem tempo para comentar. Por essa razão, peço desculpa a todos vocês que nunca me abandonam, por se manterem fiéis e regressarem, é muito importante para mim.
Mas agora, passemos ao que vos trouxe aqui, a receitinha de hoje (não fosse este um blogue de culinária, lol). Como os dias já estão bem mais frescos, comida de forno sabe ainda melhor. Quente, reconfortante e cheia de sabor é a minha combinação preferida e hoje trago-vos um prato que adoro e se encaixa perfeitamente nesta categoria. Um prato com sabor a mar, bem português, a que quase ninguém lhe consegue resistir. Podem fazer com polvo ou tentáculos de pota para uma versão mais económica. Em ambos os casos, o sabor fica delicioso. Espero que gostem e se deliciem um dia destes.

 

Ingredientes:
- 1,700g de polvo (ou pota)
- batatas para assar qb
- 3 cebolas
- 4 dentes de alho
- 2 tomates maduros
- 1/2 pimento vermelho
- 1/2 pimento verde
- 1/2 copo de vinho
- azeite qb
- sal, pimenta e colorau qb
- arroz qb

Comece por cozer o polvo com uma cebola descascada (eu uso a panela de pressão, colocando apenas o polvo e a cebola, contando 15 minutos depois de começar a girar a válvula).
Depois de cozido, separe os tentáculos e corte os tentáculos mais finos em pedaços pequenos para utilizar depois no arroz. Reserve a água que se formou.
Leve ao lume um fio generoso de azeite com os dentes de alho em rodelas e deixe alourar bem. Descarte o alho e reserve o azeite aromatizado. 
Numa assadeira coloque a cebola em meias luas, o pimento em tiras, o tomate em rodelas e as batatas. Tempere com sal, pimenta e colorau. Regue com metade do vinho e um pouco do azeite aromatizado. Leve a assar a 220ºC. Quando as batatas estiverem quase assadas, espalhe-as pelas laterais da forma e coloque no centro os tentáculos do polvo. Regue com o restante vinho, um pouco da água da cozedura do polvo e mais um fio de azeite. Leve novamente ao forno para acabar de assar.

Entretanto, prepare o arroz para acompanhar. Refogue num fio de azeite um pouco de cebola picada até que esta fique translúcida. Junte uma medida de arroz e deixe fritar um pouco. Acrescente 2 medidas de água da cozedura do polvo (acrescente água até perfazer essa medida caso não chegue) e os tentáculos mais finos cortados que reservou . Rectifique os temperos e deixe cozinhar até que o arroz esteja seco e cozido.
Sirva o polvo com as batatas e o arroz. Caso goste, acompanhe também com uma salada mista ou grelos cozidos.



quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Pão de ló de água a ferver ... uma receita açoreana


Um dia destes lembrei-me de cuscar um daqueles livros bem antigos de culinária da minha mãe, daqueles em que o discurso parece falado, as letras saídas da máquina de escrever e zero fotos para nos alegrar, ou seja, aquelas bíblias culinárias com mais de 40 anos mas que nos ensinam tantas coisas. E depois de guardar umas quantas receitas para experimentar, a minha escolha imediata recaiu sobre um bolo bem simples e que me suscitou a curiosidade. Rápido de se fazer, com ingredientes que temos sempre em casa e bem fofo, torna-se perfeito para o lanche ou pequeno-almoço, simples ou recheado. Não deixem de experimentar ...




Ingredientes:
- 200g de farinha (uso com fermento)
- 150g de açúcar
- 3 ovos
- 7 colheres (sopa) de água a ferver

Pré-aqueça o forno a 180ºC. Unte uma forma de buraco com manteiga e polvilhe com farinha.
Separe as gemas das claras. Bata as claras em castelo até que aumentem de volume. Sem parar de bater, acrescente aos poucos o açúcar até obter picos firmes. Depois acrescente as gemas, uma a uma, e a água a ferver. Por fim, envolva com cuidado a farinha peneirada em movimentos suaves. Verta a massa para a forma e leve a cozer durante cerca de 30 minutos ou até o teste do palito sair seco. Desenforme e deixe arrefecer.

Nota: Caso queira, pode aromatizar a massa com 1 colher (chá) de aroma de baunilha, raspa de 1/2 limão ou laranja.


segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Feijoada à portuguesa ... à moda cá de casa


Se existe prato que me deixa feliz é uma feijoada. Seja qual for o sabor escolhido, acaba sempre por ser um prato bem reconfortante e cheio de sabor, além de muito rápido de se fazer se prepararmos algumas coisas com antecedência. A sugestão que trago hoje é uma das minhas preferidas e pode ser feita com as carnes do cozido à portuguesa para aproveitar (algo que sobra sempre, não é?). E com o frio que finalmente começou a dar a sua graça (eu adoro esta época do ano, não me crucifiquem, please ...) esta é uma óptima sugestão para aquecer o corpo e a alma, não acham?



Ingredientes:
- 1 lata de feijão encarnado grande
- 1/2 cebola picada
- 2 dentes de alho picados
- 1 folha de louro
- chouriços variados (farinheira, chouriço de carne, bacon e morcela)
- 1 unha de porco
- 400g de carne de vitela
- 1 tira de entremeada ou entrecosto de porco
- 1 cenoura
- 2 colheres (sopa) de polpa de tomate 
- colorau, cominhos, sal e picante qb
- salsa fresca picada qb
- um fio de azeite 

Comece por cozer a carne de vitela, a unha de porco e a entremeada num tacho com água e uma pitada de sal. Quando a carne estiver quase cozida, acrescente os enchidos e a cenoura, deixe cozer mais um pouco. (Para acelerar o cozimento, costumo colocar as carnes na panela de pressão durante 30 minutos, depois retiro a pressão e acrescento os enchidos e a cenoura, deixando cozer mais uns minutos com a panela destapada).
Entretanto comece a preparar a feijoada. Leve ao lume um tacho com a cebola, o alho e o louro e refogue tudo num fio de azeite. Quando a cebola estiver translúcida, junte a polpa de tomate, a cenoura em rodelas, o feijão com a água da lata e as especiarias. Cubra com água e deixe cozinhar cerca de 5 minutos. Nessa altura, acrescente os enchidos em rodelas, a carne em pedaços e rectifique os temperos. Deixe cozinhar mais um pouco para apurar (cerca de 10 a 15 minutos). Sirva quente, polvilhado com salsa picada e acompanhe com arroz branco.

  

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Pudim molotof


Pudim molotof, uma sobremesa rápida de se fazer e ainda mais rápida de se comer, daquelas que derretem na boca e como o meu pai costuma dizer " nem é preciso dentes para mastigar". No entanto, assim como é uma das sobremesas preferidas do meu pai, é também a sobremesa que menos aprecio por isso a minha relutância em fazê-la. Mas como o pai merece, lá sai de vez em quando um docinho destes para ele. Espero que gostem ...

 

Ingredientes:
- 8 claras
- 8 colheres (sopa) de açúcar
- caramelo líquido qb

Comece por pré-aquecer o forno a 180ºC. Unte uma forma de buraco com caramelo líquido e reserve.
Bata as claras em castelo e quando estas começarem a ficar firmes, junte as colheres de açúcar, uma a uma, sempre a bater, até obter picos firmes e brilhantes. Verta esta mistura para a forma, calcando bem para que não fiquem bolhas de ar.
Leve ao forno durante 10 minutos, retire e desenforme logo de seguida. Deixe arrefecer e guarde no frigorífico até à hora de servir.


quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Pão de ló húmido


Doces portugueses são sempre bem vindos na mesa cá de casa e quando surge a oportunidade de experimentar mais uma receita, não consigo evitar a alegria. Por isso, hoje trago-vos a resposta a mais um desafio proposto por um grupo de facebook onde estou - fazer uma receita do livro da Rita Nascimento, o livro "sobremesas 555". A sorte recaiu sobre um pão de ló húmido que ficou uma delícia e que todos pediram bis na semana seguinte. Espero que gostem ...



receita adaptada do livro da Rita Nascimento, "Sobremesas 555", pág.100
Ingredientes:
- 2 ovos
- 2 gemas
- 100g de açúcar (150g na receita original)
- 75g de farinha

Pré-aqueça o forno a 200ºC. Forre uma forma redonda de 20cm com papel vegetal.
Bata os ovos com as gemas e o açúcar até duplicar de volume e ficar uma mistura fofa e esbranquiçada. Peneire a farinha e envolva com delicadeza até que fique bem incorporada. Verta o preparado para a forma e leve ao forno durante cerca de 15 a 20 minutos ou até que o teste do palito saia seco nas laterais do bolo. (no meu caso demorou 30 minutos até ficar no ponto que gostamos, em creme de ovos moles grosso).
Retire do forno e deixe arrefecer por completo antes de retirar da forma.

Nota: desta vez resolvi aumentar as quantidades para uma dose e meia para render mais porque somos gulosos.  


terça-feira, 30 de outubro de 2018

Arroz de enchidos


Adoro enchidos ... todos, sem excepção. E se juntar uns poucos na mesma refeição então ainda melhor. A sugestão que trago hoje foi servida num dia daqueles que passam a correr e em que é preciso alimentar a família. Junta-se a um bom refogado alguns enchidos e um pouco de arroz e voilá, temos um almoço rápido que deixou todos felizes. Económico, saboroso e rápido como eu gosto, espero que gostem também ...

 

Ingredientes:
- 1 medida de arroz 
- 1/2 cebola picada
- 2 dentes de alho picados
- 1/2 pimento em cubos
- 3 colheres (sopa) de polpa de tomate
- 1 farinheira
- 1 chouriço de carne
- 1 morcela (usei chouriço de cebola e sangue)
- sal e picante qb
- 2 folhas de louro
- vinho branco qb (cerca de 30ml)
- azeite qb

Comece por refogar no azeite a cebola, o alho e o louro. Quando a cebola ficar translúcida, regue com o vinho e junte a polpa de tomate e o pimento. Envolva e deixe cozinhar cerca de 2 minutos. Acrescente a farinheira (pique com um garfo para que não rebente) e os chouriços inteiros, cubra com água quente e tempere com sal e picante. Deixe cozinhar cerca de 15 minutos ou até que os chouriços estejam cozinhados. Nessa altura, retire-os e reserve, mantendo-os quentes. Na mesma água da cozedura junte o arroz e um pouco mais de água (se necessário) para cozer o arroz. Rectifique os temperos e deixe cozinhar até que o arroz esteja no ponto (pode deixar mais seco ou caldoso, consoante o gosto). 
Sirva de seguida, com os chouriços cortados em rodelas.


quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Queques de chouriço e queijo


Chegou mais um dia 25 e com ele mais um desafio do "Cantinho das Cozinheiras". Desta vez o blogue escolhido foi o "Noz Moscada e Gengibre", um blogue que não conhecia muito bem mas que adorei conhecer (é delícia atrás de delícia). A minha escolha recaiu sobre uma sugestão para o lanche e serviu para um dos nossos últimos lanches de domingo. 
Como fiz em forminhas de tartes, deixei mais tempo no forno do que devia e com isso elas secaram um pouco, mas não ficaram menos saborosas por isso e desapareceram num instante ... receita a repetir de certeza.  

Ingredientes:
- 300g de farinha  
- 1 colher (sobremesa) de fermento
- 1 colher (sopa) de salsa seca
- 100g queijo ralado (usei um queijo curado de ovelha)
- 200ml de leite 
- 150ml azeite (uso virgem extra)
- 1 pitada de sal
- 4 ovos
- 250g de chouriço picado (usei de carne)

Pré-aqueça o forno a 180ºC. Unte pequenas formas ou uma forma de bolo inglês com manteiga e farinha.
Misture a farinha com o fermento e o sal. À parte, junte numa taça os ovos, o leite e o azeite. Bata um pouco até ficar homogéneo. Misture os ingredientes secos a esta mistura líquida e envolva bem. Adicione a salsa, o queijo ralado e o chouriço. Verta para as formas e leve ao forno durante 30 minutos (faça o teste do palito). Retire e deixe arrefecer numa rede durante 5 minutos. Desenforme e deixe arrefecer totalmente na rede.


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